Um dos principais jogadores do elenco do Flamengo, Diego Alves chegou ao clube como “salvador da pátria”, já que os goleiros na época eram questionados.
Em entrevista ao site globoesporte.com, Diego Alves revelou detalhes dos bastidores de sua transferência para o rubro-negro. Os torcedores fizeram campanha pela vinda do atual camisa 1.
– Participei 100%. Fui eu praticamente que entrei em contato com Rodrigo Caetano, quando a torcida em si fez essa força, demonstrou carinho por mim. Eu mesmo procurei e conversamos. Ele não sabia da minha situação. Eu já tinha fechado com um time na Espanha em 90%, passagem marcada, tive que cancelar tudo para negociar com o Flamengo e nunca tive dúvidas. Conversei com minha família, minha esposa e vimos como uma maneira importante de voltar: para o maior time do Brasil e um dos maiores do mundo.
O goleiro também relembrou sua chegada ao clube da Gávea como status “salvador da pátria”.
– Cheguei em um momento de turbulência. Muita gente estava contestando o Alex por diversas situações e depositaram em mim uma confiança como se fosse o salvador da pátria, que vai resolver os problemas. Foi algo que percebi logo de cara. No treinamento, você percebe situações diferentes. Mas sempre com muito respeito. Conheço o Alex desde quando ele ainda não era o Muralha, em Ribeirão Preto. Houve esse tipo de situação e sempre conversávamos. Houve ainda o problema da não inscrição na Copa do Brasil. Foi um momento ruim, porque o Flamengo estava chegando em uma final e eu não tive a possibilidade de disputar. A posição de goleiro é onde você sempre tem que demonstrar confiança. É uma responsabilidade acima do normal e eu gosto. Foi assim em toda minha vida.
Ano passado, o experiente arqueiro se envolveu em uma polêmica com o técnico Dorival Jr, e acabou afastado. Diego falou sobre o caso.
– Logo após isso (lesão na coxa na semifinal da Copa do Brasil, contra o Corinthians) houve aquele outro episódio, que já passou e estamos vivendo um outro momento. Aprendemos constantemente com os erros. Sou pai e tenho que mostrar para o meu filho o que é certo ou errado. Infelizmente, ainda mais envolvendo toda grandeza do Flamengo e repercussão, às vezes as polêmicas são importantes para alguns veículos de comunicação. Se eu aprendi? Aprendi que às vezes o silêncio é o melhor remédio. Se você sabe o que aconteceu, não tem motivo para bater de frente, é simplesmente ficar longe de tudo, escutar. Na fase ruim, vemos quem é quem. Na fase boa é fácil vir conversar, abraçar. Hoje, tenho muito mais consciência do que sou importante e para quem sou importante. A imprensa está aí para criticar, elogiar, e é algo fora do meu controle. Acertos e erros vão existir no campo, fora, e nunca ninguém me deu nada de presente. Conquistei e vou ensinar aos meus filhos essa maneira de ser. Se você tem a verdade, pode ir contra o mundo que uma hora vai aparecer.
O goleiro falou sobre o grande momento que vive em 2019, sendo um dos grandes destaques do time no Campeonato Carioca e na Libertadores.
– Para falar de um momento melhor ou outro, é preciso comparar com o ano anterior. E isso nunca foi feito. Eu liderava todas as estatísticas em todos os quesitos de goleiro. Fui decisivo em jogos importantes como neste ano. O goleiro vai ser sempre questionado. Infelizmente, muita gente aponta. Eu escuto muito meu treinador de goleiros, vejo futebol para aprender com outros goleiros. Acho um pouco injusta a comparação se puxarmos os números do ano passado. Estamos no começo, as coisas estão dando certo. O Marcos Braz também foi muito importante, passa muita confiança, e foi de um acerto muito grande ao trazer o Wagner Miranda.

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