Após ser derrotado em pleno Maracanã para o Peñarol por 1 a 0, o Flamengo perdeu a invencibilidade na Libertadores. O técnico Abel Braga foi alvo de críticas por não utilizar o meia De Arrascaeta, herói do título da Taça Rio no último domingo.
Questionado na coletiva após a partida, o treinador rubro-negro tentou justificar a ausência do jogador uruguaio.
– No futebol a oportunidade vem, vai chegar o momento dele. Joguei com uma equipe há 10 jogos sem perder, liderando o nosso grupo. Tem momento que ele vai entrar, tem momento que não. No jogo passado ele decidiu para nós, foi muito bom. Falta um pouquinho de entrosamento, jogar mais por dentro. No Cruzeiro jogava diferente. Importante é ter jogador de qualidade. Hoje pela expulsão não cabia, senão entraria de segundo volante. ia ficar com menos um de choque na frente tendo que puxar contra-ataque.
Confira outros trechos da entrevista de Abel Braga:
DESAJUSTE DA EQUIPE APÓS EXPULSÃO:
– Desajustou nada, queríamos ganhar o jogo e era uma equipe que só se defendia. Acho estranho que estão sempre questionando o Arão, e agora dizem que desajustou. Hoje eles não tinham um meia, tinham dois caras abertos, jogaram por uma bola e tiveram três. A perda de bola no ataque resultou no gol. Nós tínhamos visto que quando eles pegam com espaço de 2 ou 3 metros cruzam na área, e o cara que entrou foi feliz.
BRUNO HENRIQUE DE CENTROAVANTE:
– Porque a bola estava chegando muito na área, e com Gabigol é um pouco complicado fazer de cabeça. Se não for cruzamento por baixo, o que foi pedido, ele fez o gol e o bandeira deu impedimento. Mas foi cruzamento no chão. O Bruno passou para atacante pela impulsão que tem. Temos uma jogada acostumada dele com o Everton (Ribeiro), ele chegou a encostar em duas bolas e por pouco não fez o gol. Foi a nossa segunda derrota do ano. O Everton já tem jogado por dentro, o Diego ido para trás, o Bruno tanto faz lado esquerdo ou direito, assim como o Vitinho, e faz atacante, é o jogador de melhor impulsão que temos. Estávamos cruzando várias vezes e os zagueiros tendo facilidade.
ENTRADA DE URIBE:
– É claro que não era um jogo de mata-amata, só que foi trocado um atacante por outro. Uribe entrou no lugar de um atacante porque não podíamos botar a bunda lá atrás, começar a pôr volante. Se é ao contrário e faz gol, mexi bem; se toma gol, mexi mal. Comentário norteia em cima de resultado, mas vou mexer em cima da minha consciência. O Gabriel quando passou para o lado direito começou a ter melhor rendimento do que como atacante mais solto, ficou mais agressivo. O que pesou para nós foi a expulsão. Perdemos um jogador de meio para formar duas linhas de 4 contra uma equipe madura, malandra, que soube administrar bem. Desde primeiro tiro de meta uma cera absurda, maior erro do árbitro, tinha que pelo menos ter chamado a atenção. Mas não estou justificando nada.
FALTA DE PSICÓLOGO:
– Não porque não vejo nenhum tipo de preocupação que tenhamos que ter, uma atenção diferente daquela que nós trabalhamos. É um grupo excelente de trabalho. Hoje o adversário teve méritos, se defenderam muito bem, compactaram muito bem.
FLA x FLU:
– É um pouco atípico, o Fluminense também jogou hoje, não posso falar hoje se estou pensando. Amanhã terei uma ideia (de time), sexta uma ideia melhor, mas vamos para esse jogo sem praticamente treinar, assim como fará o Fluminense. Não dá, sei que é decisivo, temos vantagem do empate, vamos pensar no que é melhor. Hoje é impossível, ainda mais porque tivemos que lutar muito, mais uma vez com um jogador a menos. Jogadores um pouco abaixo, não sei se cansaço excessivo, fisiologia que vai informar.
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Foto: Divulgação
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