O Flamengo programou mais uma semana de treinos na sede da Gávea, enquanto não tem uma definição sobre a reabertura do Ninho do Urubu. Depois de entrar com uma petição de defesa no Tribunal de Justiça na última quinta-feira, antes do carnaval, o clube aguarda o despacho do juiz Bruno Ruliére, do Juizado do Torcedor, sobre o pedido do Ministério Público para interditar o Centro de Treinamento e bloquear R$ 57 milhões para pagar indenizações às vítimas. A previsão é que só haja movimentação a partir da próxima segunda-feira.
Na defesa, o Flamengo tenta demonstrar que o local já está em condições de uso pelo futebol profissional e de base. Em outra frente, o clube apresentou um novo projeto de segurança e deu baixa na lista de exigências para o Corpo de Bombeiros liberar o Certificado de Aprovação, que é necessário para a obtenção do alvará da Prefeitura. No último dia 27, o poder municipal, pressionado pelo Ministério Público, interditou o Ninho do Urubu, ainda por conta das pendências de outubro de 2017 em relação a falta de documentação.
Desde que as autoridades fizeram uma nova vistoria na área, dez dias após o incêndio que matou dez atletas da base, o Flamengo intensificou a melhoria das condições estruturais e demoliu a área provisória onde funcionava o alojamento provisório da categoria inferior. O local passará a ser um estacionamento do módulo inaugurado ano passado e destinado aos jogadores profissionais. A base usará o módulo construído em 2016, já todo preparado para receber os garotos para treinos e pernoite.
A Justiça, através da 1ª Vara da Infância, vedou a presença de menores no Ninho do Urubu a partir do dia 13 de fevereiro, há cerca de um mês. A categoria sub-20 do Flamengo passou a treinar no Espírito Santo e no CEFAN, da Marinha. As categorias sub-17 e sub-15 ainda não retomaram as atividades.
Extra
Bandeira de Melo, foi omisso em relação a regularização das pendências junto aos Bombeiros e Prefeitura do Rio. Tal omissão foi criminosa, uma vez que foram vítimas vários garotos. Agora o Flamengo busca a regularização do Ninho, e nesse período de carnaval, as “autoridades ” estão de férias, em ilhas paradisíacas no Mediterrâneo, sim porque dinheiro público, é bom para torrar.
Lembrem-se, o poder público, Prefeitura no caso, é a principal responsável pela não interdição do Ninho. Logo, por consequência, é também cúmplice da morte dos garotos.