“Não existe não”. Esta teria sido a primeira frase do presidente Rodolfo Landim dita ao integrantes do gabinete de crise. Assim, o clube deverá atender todas as demandas dos familiares dos dez meninos mortos em um incêndio no CT do Urubu. A diretoria do Flamengo já está fazendo um levantamento para calcular indenizações às famílias das vítimas. A missão é do juridico do clube que terá à frente o vice da pasta Rodrigo Dunshee.
Estes detalhes começaram a ser discutidos em reunião na sede da Gávea. A direção deixou o Ninho do Urubu e se encontrou no local para avaliar em seguida como lidar com as famílias e órgãos públicos.
Os familiares dos mortos virão de suas cidades com despesas pagas e hospedagem. O clube também prometeu dar o respaldo necessário em todas as questões burocráticas relacionadas às mortes. Dirigentes acompanharam a remoção dos corpos para o IML e aguardam os familiares para os reconhecimentos que faltam.
Outra tarefa é levantar toda a documentação relativa ao CT. Como a diretoria é nova, o fato é que eles ainda não têm todas as informações sobre licenças, alvarás e afins . Esta é uma das justificativas para não haver uma coletiva para a imprensa ainda hoje para esclarecimentos sobre o local onde os meninos dormiam.
O Centro de Treinamento do Flamengo, em Vargem Grande, não tinha ainda o Certificado de Aprovação (CA) do corpo de bombeiros para funcionar. E o Ministério Público do Trabalho do Rio (MPT-RJ) anunciou a criação de uma força-tarefa para apurar as causas do incêndio ocorrido no Ninho do Urubu, CT do Flamengo.
Funcionários do clube chegaram a contar que os atletas tentaram apagar o fogo com extintores mas que as chamas, logo na entrada, dificultaram a evacuação. Atletas acreditam que o problema poderia ter começado em um ar-condicionado. As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas.
Diante desta tragédia, a Ferj anunciou que não haverá jogos de futebol no Rio de Janeiro neste fim de semana. Desta forma, as semifinais da Taça Guanabara, que aconteceriam no sábado e no domingo, foram transferidas para o meio da semana.
O GLOBO