O ano de 2019 começa com mudanças no Flamengo. A partir desta terça-feira, o presidente do clube é Rodolfo Landim, que fez uma renovação renovação na diretoria do Rubro-Negro e prometeu, principalmente, a conquista de títulos no futebol durante a gestão.
Rodolfo Landim encabeçou a Chapa Roxa e venceu a eleição, que aconteceu no último dia 8, com 61,6% dos votos. Em segundo, ficou Ricardo Lomba, da Chapa Rosa, que era da situação e tinha o apoio de Eduardo Bandeira de Mello. Marcelo Vargas, da Chapa Branca, ficou em terceiro, e José Carlos Peruano, da Chapa Amarela, em quarto.
E, caso consiga pôr em prática uma das ideias de campanha, este será o único mandato de Landim. Um dos pontos do estatuto do Rubro-Negro que ele quer colocar em discussão é o fato de não ter reeleição.
- Uma delas que vou propor é a não reeleição. Uma vez aprovada agora, não poderia valer na próxima eleição pois impediria um direito já adquirido por quem foi eleito. Só valeria para o próximo. Mas valerá para mim. Temos visto que o sujeito ser candidato à reeleição, de uma forma geral, não é legal em cargos executivos. Chega um momento, perto do final, que começa a trabalhar para manter-se no cargo ao invés do benefício do que ele está representando. No caso, os interesses do Flamengo – disse, em entrevista ao LANCE!, antes da eleição (veja mais abaixo)
Da eleição até esta terça-feira, houve o período de transição entre as diretorias, que, apesar do clima quase bélico durante a corrida presidencial, foi realizado de forma tranquila. No departamento de futebol, Marcos Braz foi anunciado como vice-presidente logo após a divulgação do resultado do pleito. Na última semana, foi informado que Paulo Pelaipe será o novo gerente de futebol e, para dentro de campo, o zagueiro Rodrigo Caio foi contrato, primeiro – e, até o momento, único – reforço da era Landim.
Na escolha dos novos vice-presidentes, polêmica. Houve um contato para que Patricia Amorim, que foi presidente do Flamengo entre 2010 e 2012, assumisse os Esportes Olímpicos, mas a base aliada à Chapa UniFla não gostou da indicação e Landim encontrou resistência. Desta forma, Delano Franco será o nome forte da pasta.
Houve também a eleição para a presidência do Conselho Deliberativo, e mais uma vitória da Chapa Roxa. Antônio Alcides, aliado de Landim, desbancou Alexandre Póvoa, da Chapa Azul, e Lysias Augusto, da Chapa Cinza.
Uma das promessas de campanha que já deu os primeiros passos para ser cumprida é em relação à relação do Flamengo com as entidades que comandam o futebol, como a Federação do Rio de Janeiro (Ferj), Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Conmebol. Prova disso é que Marcos Braz foi à Conmebol para o sorteio dos grupos da Libertadores e marcou presença em Assembléia recente da Ferj.
Agora, Landim inicia o mandato ainda pressionado por novos reforços no futebol, um olhar mais atento ao Remo (esporte estatutário) e aos outros esportes olímpicos – durante a campanha, houve críticas por uma visão voltada ao basquete.
O novo presidente indicou que tem a intenção de usar o Maracanã como estádio e pretende entrar na briga para que o Rubro-Negro administre o local. Além disso, brigar para que, após a Copa América, se tenha a retirada de cadeira para a criação de um setor popular.
Lancenet