A falta de alternativas no time do Flamengo é flagrante e compromete a reta final de uma temporada na qual ainda se sonha com um título de expressão. A equipe insiste nos cruzamentos na área como uma forma de furar o bloqueio dos adversários. O problema é que a fórmula não tem funcionado. De acordo com levantamento do Footstats, os cariocas fazem apenas um gol a cada 86 bolas alçadas na área.
É pouco para quem conta com um dos elencos mais caros do país e investiu diante da expectativa de ser protagonista em 2018. O Flamengo se tornou refém de um esquema no qual faltam ultrapassagens dos laterais, triangulações e jogadas individuais. Com a dificuldade de entrar na área, sobra apenas a opção de cruzar ou apostar nas bolas paradas.
Líder deste ranking, o Atlético-PR é bem mais efetivo do que os cariocas – faz um gol a cada 43 cruzamentos. Mesmo assim, fica claro que bolas alçadas na área são jogadas de exceção e não devem nortear a condução da equipe dentro de uma partida.
O pior exemplo recente do Flamengo foi no jogo contra o Corinthians, válido pela semifinal da Copa do Brasil. Na ocasião, o time cruzou 49 bolas e jamais levou perigo real ao gol defendido por Cássio, já que 37 tentativas foram equivocadas.
A verdade é que o Rubro-negro até tenta jogar por baixo e criar jogadas. O momento, no entanto, é de extrema pressão e colabora para que seguidas alternativas sejam precipitadas. Só que não se pode mais errar. Insistir nos cruzamentos pode comprometer qualquer chance do Flamengo ainda em 2018.
Uol