Ao ser apresentado pelo Flamengo, em 14 de agosto, Reinaldo Rueda mencionou alguns dos jogadores que conhecia: Juan, Guerrero e os Diegos foram citados com destaque. Talvez não soubesse muito sobre Everton, segundo jogador com mais partidas – está atrás de Juan – e gols pelo clube – é superado por Guerrero – no atual elenco.
Nesta quarta-feira, após o 1 a 0 sobre o Fluminense, no Maracanã, o técnico encheu a boca para falar do camisa 22, autor do único gol do clássico.
Marcar contra o rival das Laranjeiras, aliás, virou rotina para o mato-grossense de Nortelândia. Se até o ano passado não havia marcado contra o Flu, na atual temporada são três gols em seis confrontos – média de 0,5 gol por duelo.
Coadjuvante importante em 2009 e retorno regular à Gávea cinco anos depois
Aos 28 anos – faz 29 em 11 de dezembro -, Everton tem 245 jogos pelo Flamengo e 35 gols, divididos em duas passagens. Na primeira, entre 2008 e 2009, foi figura importante na campanha do hexa brasileiro. Improvisado na lateral esquerda, supriu bem a ausência de Juan, que foi desfalque em parte do campeonato.
De volta ao clube em 2014 após passagens por México, Botafogo, Coreia do Sul e Atlético-PR, Everton passou a apresentar grande regularidade. Em 2015, envolveu-se em episódio de indisciplina com quatro companheiros, mas superou a desconfiança com bom futebol.
Em 2017, consolidou-se como figura importante com gols em clássicos nesta temporada. Além dos três no Fluminense, marcou no triunfo por 2 a 1 sobre o Botafogo na primeira fase do Carioca, no Nilton Santos, e calou São Januário no Brasileiro com uma cabeçada firme – 1 a 0.
Objetivo no clássico desta quarta-feira
Apesar de ter decidido o Fla-Flu, Everton pouco tocou na bola. Participou mais com movimentação e velocidade. Dentre os jogadores que iniciaram a partida, foi o terceiro com menos posse: com 41 segundos de domínio, só superou Réver (36s), que saiu contundido aos 15 minutos do primeiro tempo, e Henrique Dourado (29s).
Dentre os titulares do clássico, terminou como o segundo que menos deu passes. Foram oito (um errado), três a mais do que Réver. Finalizou uma vez, o suficiente para definir o duelo. Ao festejar o gol, fez o gesto “sai, uruca”. Não marcava desde 16 de julho, quando o Fla empatou por 1 a 1 com o Cruzeiro, no primeiro turno do Brasileiro.
Números de Everton:
Passes: 8 (1 errado)
Finalização: 1
Faltas cometidas: 2
Faltas recebidas: 2
Posse de bola: 41 segundos
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