Em sétimo lugar no Brasileiro, com 40 pontos, a campanha do Flamengo está longe de ser satisfatória, dado o investimento feito no elenco. Um dos jogadores que reconhece o time está aquém do esperado é o volante Cuéllar, um dos mais incomodados em campo após o vice da Copa do Brasil.
De acordo com o colombiano, fora do Fla-Flu por seu voo ter atrasado – apesar disso, ficou no banco -, as condições de trabalho oferecidas pela direção são as ideais, e a torcida apoia incessantemente. Por isso, considera que ambos mereciam mais.
– Pessoalmente, digo que sim. A diretoria faz tudo certo. Dá as ferramentas de trabalho, mas infelizmente os resultados não vêm. Me sinto em falta com a torcida, porque eles sempre nos apoiam. Nos sentimos frustrados pela torcida e pela diretoria.
Confira outros tópicos da entrevista do jogador do Flamengo:
Ano decepcionante
– Óbvio que a gente fica frustrado, a gente sabe que, com a grandeza do Flamengo, tem que querer mais. Conquistamos o Carioca invictos, mas ficamos fora da Libertadores, que era algo que não estava na nossa mente. Chegamos a uma final de Copa do Brasil que foi decidida nos pênaltis. Mas também não é tão ruim.
Cobrança da torcida:
A torcida tem direito de cobrar, mas o elenco é muito bom. Não acho tão ruim o ano, porque ainda não acabou. Está vivo na Sul-Americana e estamos procurando ficar entre os quatro primeiros na Libertadores. Ficamos frustrados sim pelos resultados, mas isso tem que servir de ensinamento. Temos que dar 100{cf06184211ecbb120ae965cbd53b0cebe372eac85785f1ddbb4e41b41438fd51} para procurar mais resultados, mas a consciência dos jogadores está limpa, porque trabalham.
Jogo contra a Chapecoense
Flamengo propõe o jogo onde for jogar, não vai ser diferente em Chapecó. Temos que tentar os três pontos, para se aproximar da vaga da Libertadores, é um objetivo nosso. Não vai ser fácil, mas o time do Flamengo tem que procurar seu objetivo. (…) A Chapecoense é muito forte na bola parada, tem jogadores de qualidades que podem resolver. A gente tem que procurar o resultado e se aproximar mais da vaga da Libertadores
Colômbia na Copa do Mundo
Como falei no início do ano, quem joga no Flamengo tem todas as chances de representar seu país, por toda a cobrança que se tem de jogar no Flamengo. Quem jogar com certeza vai ter os olhos do treinador em cima. Não tem explicação a alegria de ir à Copa. Graças a Deus vivi esse momento com a minha seleção. Para me manter na seleção, tenho que jogar bem no Flamengo. Tentar fazer o melhor para me manter no Flamengo primeiro e depois na seleção.
Voo atrasado
Meu voo estava programado para sair às 10h da Colômbia, atrasou cinco, e eu tive que sair três e meia da manhã. Cheguei, minha mulher foi me buscar no aeroporto e vim para a concentração, mas eu estava à disposição do professor se ele precisasse. Claro que um pouco cansado, mas à disposição.
Ano muito ruim?
A torcida tem direito de cobrar, mas o elenco é muito bom. Não acho tão ruim o ano, porque ainda não acabou. Está vivo na Sul-Americana e estamos procurando ficar entre os quatro primeiros na Libertadores. Ficamos frustrados sim pelos resultados, mas isso tem que servir de ensinamento. Temos que dar 100{cf06184211ecbb120ae965cbd53b0cebe372eac85785f1ddbb4e41b41438fd51} para procurar mais resultados, mas a consciência dos jogadores está limpa, porque trabalham.
Necessidade de melhora
Tivemos a conversa sim de que nem tudo está certo. O trabalho é bem feito por jogadores, pela diretoria e pelas condições de trabalho que os caras dão para nós. Mas algo está errado. Queremos mais uma conquista para nós e para essa grande torcida, que é a maior do mundo. Temos que melhorar no Brasileiro e procurar ganhar a Sul-Americana.
Falta de poderio ofensivo
Jogo a jogo temos que olhar para isso. Tentamos melhorar na parte defensiva, mas temos jogadores de qualidade na frente.
Jogadores na Copa
A Colômbia garantiu a vaga, eu ainda não (risos). Paolo faz o melhor pelo Flamengo e pela seleção peruana. Ele é muito competitivo. A gente torce pelos companheiros. Também queremos que Peru vá. Foi muito difícil para mim e minha família, mas eles me fizeram muito fortes. Todos os jogadores passam por momentos difíceis. Trabalho para aguardar a chance. Vou tentar seguir fazendo isso.
Copa Sul-Americana
Eu acho que tudo passa pela cabeça do jogador. Tudo está sendo bem feito pela diretoria e pela torcida. A cobrança tem que ser feita sobre nós. Perguntar individualmente para cada um. E todos têm que falar para ajudar todo o grupo. A final da Copa do Brasil foi muito difícil. Era um sonho para botar outra taça na história do Flamengo. Faz muita falta no final. Agora fica a Sul-Americana.
GLOBO ESPORTE