Ex-goleiro do Flamengo, Paulo Victor deu entrada em ação trabalhista contra o Flamengo no último dia 24 de agosto – ele assinou a rescisão com o clube da Gávea há exatos um mês e meio. Atualmente no elenco do Grêmio, o goleiro pede no Tribunal Regional do Trabalho carioca revisão de verbas de FGTS, período de férias, adicionais noturnos, horas extras, ”bichos” e o repasse dos direitos de arena referente ao período de atuação no clube – de 2012 a 2016. Além dos “reflexos legais” de cada pedido na remuneração contratual do jogador.
O novo processo trabalhista contra o Flamengo é semelhante aos casos de Léo Moura, hoje também no Grêmio, e ao do atacante Alecsandro, do Coritiba. Os valores pedidos ainda serão apurados e discutidos no decorrer do processo. Está marcada primeira audiência dia 27 de setembro entre jogador, seu representante, o advogado Alan Belaciano, e o departamento jurídico do Flamengo.
O GloboEsporte entrou em contato com o advogado de Paulo Victor, Alan Belaciano. Ele informou que, no momento, não está autorizado pelo cliente a se manifestar sobre o caso. O Flamengo, por sua vez, confirma o recebimento da ação nesta semana e irá elaborar sua defesa.
Paulo Victor iniciou sua trajetória no Flamengo em 2004, ainda nas categorias de base. No começo do ano, ele foi emprestado para o Gaziantepspor, da Turquia. Mas, após ficar sem receber salários, voltou ao Brasil.
Rescisão com clube foi amigável
Em julho, ele assinou de forma amigável sua rescisão definitiva com o Flamengo e se transferiu para o Grêmio. Na ocasião, o goleiro saiu em definitivo, mas a transação – sem custos – deixou o Rubro-Negro com 50{cf06184211ecbb120ae965cbd53b0cebe372eac85785f1ddbb4e41b41438fd51} dos direitos econômicos do goleiro até o final do contrato com o Grêmio, em 2019.
Levantamento do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, publicado em reportagem do GloboEsporte.com dia 18 de agosto, apontava 190 processos trabalhistas . Em relatório publicado no fim de julho, o Flamengo divulgou que houve queda de 500 processos para cerca de 60 ativos até o primeiro semestre deste ano. Foram, segundo o clube, mais de R$ 81 milhões pagos em 164 processos a partir da entrada da administração Bandeira de Mello.