A Polícia Militar do Rio de Janeiro se manifestou através de nota oficial sobre a violência registrada em São Januário, na noite de sábado, após a vitória do Flamengo sobre o Vasco, por 1 a 0, no Campeonato Brasileiro. A corporação rebateu Eurico Miranda sobre a falha na revista, que permitiu a entrada de torcedores com bombas no estádio.
Os estouros em meio a confusão chamaram a atenção no sábado, e Eurico responsabilizou a PM pela revista. “A revista foi mal feita. Isso não é falha do Vasco, mas da PM. Aqui não ha hipótese para que se tenha guardado qualquer tipo de coisa de torcida organizada aqui no clube. Se isso entrou no estádio, não foi culpa do clube”, disse o cartola.
Além da revista, a PM também diz em nota que “brigas entre torcedores do Vasco são recorrentes neste Campeonato Brasileiro” e acrescentou que, até aqui, o clube ainda não foi sancionado. “Esse fato já foi relatado nas súmulas e, até o momento, o clube não foi punido (tendo sido absolvido em audiência semana passada)”, diz a nota.
Leia, na íntegra, o comunicado divulgado pela PM do Rio:
“Sobre a atuação da Polícia Militar no jogo Vasco x Flamengo de ontem, 09/07, em São Januário, cabe esclarecer os seguintes pontos:
As ações da Corporação começaram às 9h, numa ação conjunta com a Secretaria Estadual de Ordem Pública (SEOP) para a repressão do comércio irregular na parte externa ao estádio.
O efetivo citado pelo Delegado da partida refere-se apenas ao policiamento interno do estádio. Foram empenhados 220 policiais na parte interna e 200 na parte externa, sem contar os apoios enviados ao final da partida.
O Vasco cumpriu o previsto na Portaria do Ministério dos Esportes e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para realização da partida em São Januário.
A torcida do Flamengo foi escoltada pelo Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) antes do início da partida e após o final do jogo. Não ocorrendo confrontos entre torcidas rivais na parte externa ou no interior do estádio.
A revista para entrada dos torcedores ao estádio é de responsabilidade do clube, que possui funcionários destinados a isso em todos os pontos de acesso. O GEPE supervisiona a revista.
A confusão começou ao final da partida, entre as torcidas organizadas do Vasco.
Assim que terminou o jogo, os conflitos internos começaram. O Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) foi acionado para São Januário.
A maior preocupação da Corporação era retirada das pessoas do estádio e o controle do tumulto provocado pelos torcedores.
Na parte externa nossos policias foram atacados com o lançamento de garrafas e pedras por torcedores do Vasco, onde foi necessário a intervenção do BPChq, da Cavalaria e do 4ºBPM.
Em relação ao tumulto generalizado iniciado na Rua do Bonfim, que acarretou na morte de um torcedor e o ferimento de mais três, a Corporação aguarda perícia e apuração por parte da Polícia Civil. Paralelamente a isso, o Comando da Corporação, através do 4ºBPM instaurou procedimento para apurar as condutas dos policiais.
Brigas entre torcedores do Vasco são recorrentes neste Campeonato Brasileiro, principalmente, em São Januário.Esse fato já foi relatado nas súmulas e, até o momento, o clube não foi punido (tendo sido absolvido em audiência semana passada).”
Fonte: Espn