Ao lado do Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e da subsecretária municipal de Esportes e Lazer Patrícia Amorim, o Flamengo assinou nesta sexta-feira pela manhã o protocolo de intenção para construção do Estádio da Gávea.
Para derrubar a oposição feita principalmente pela Associação de Moradores do Leblon (Amaleblon) em virtude de eventual barulho e também trânsito, foram revelados os planos para a nova casa do clube que abrigaria jogos de pequeno e médio portes, teria acústica semelhante ao Allianz Parque, do Palmeiras, e um custo semelhante ao da Arena da Baixada, do Atlético-PR.
A princípio, não existe um prazo determinado, mas a expectativa é de que ele fique pronto em três anos.
A última vez que o Fla atuou na Gávea foi em 1997.
“É possível fazer um estádio acústico, é bom destacar essa palavra, na Gávea. Não havia tecnologia nem metrô, então sempre esbarrava no trânsito. Como vamos colocar 25 mil pessoas num estádio? Como eles vão chegar, como vão sair. Será uma confusão. O Estado levou o metrô até a Gávea. Vai haver convênio para os jogos”, afirmou Crivella.
“O estádio acústico do Palmeiras é um modelo que serve de exemplo para nós. É possível fazer com que as pessoas brinquem, celebrem sem atrapalhar os moradores vizinhos. Os moradores do Selva de Pedra não deixarão de ver filmes ou novelas. Não serão incomodados”, prosseguiu.
Bandeira de Mello se mostrou animado com as perspectivas.
“Temos o mais importante: a boa vontade do prefeito. A vontade todos sabem que sempre temos. Recursos também não serão problema. O importante é saber que temos aval e compromisso do prefeito para realizar nosso sonho. Claro que há outras etapas burocráticas, vamos seguir as regras do jogo”, analisou.
“Estamos falando de um estádio de 25 mil pessoas na Gávea, mas isso não exclui o interesse do Flamengo no Maracanã. O Maracanã é muito caro, custa 40 milhões de reais por ano”, continuou.
Segundo o cartola, o Maracanã seguiria recebendo os jogos de grande porte do rubro-negro.
O projeto de arquiterura do Estádio da Gávea não está pronto, mas contatos com escritórios estão sendo feitos e o objetivo é ter um custo barato para o torcedor, sem ser luxuoso, mas funcional.
“Claro que existem fonte de recursos que o Flamengo melhor do que ninguém sabe como fazer e buscar. O custo eu não vou chutar, porque isso depende do projeto, mas não vai fugir aos estádios mais eficientes, como a Arena da Baixada, que tem um custo por torcedor bastante interessante. Vamos ter um estádio bonito, funcional e interessante”, afirmou.
A subsecretária Patrícia Amorim, ex-mandatária do clube, ainda explicou o que significa a assinatura do protocolo.
“O Flamengo precisa entregar seu projeto, com todas as garantias, à Prefeitura. O molde hoje se desenha com 25 mil pessoas: estádio acústico e sem estacionamento, o que o prefeito entende que não traria o menor impacto à vizinhança”, completoiu.
“Existem alguns problemas. Queríamos estar assinando a licença, mas ainda demora um pouco”, finalizou.
Fonte: ESPN