A lesão sofrida diante do Basquete Cearense afastou Ricardo Fischer por aproximadamente dois meses. Durante esse tempo, o jogador teve que conviver com a ansiedade pelo retorno, que aconteceu ontem, contra Mogi. Em quadra, foram 20 minutos, 9 pontos, 4 assistências, 11 de eficiência e uma atuação fundamental. Nos momentos em que a partida pegou fogo, o armador controlou as ações, fez a bola rodar e foi decisivo ao extremo na construção do resultado.
Em entrevista ao GRN após a vitória, por 96×87, Fischer celebrou:
“É uma vitória que vale por duas por ser o nosso confronto direto lá na frente. A gente sai ganhando, foi um jogo duro. Eles estavam com um time menor e nem sempre é fácil jogar contra. No primeiro tempo, estávamos focados no poste baixo de qualquer maneira, e esquecemos que tínhamos que atuar naturalmente para ter uma vantagem. Ajustamos e vencemos. Voltar a atuar no Rio foi bom, porque deu moral para enfrentar Campo Mourão na sequência.”
Ricardo falou sobre a recuperação, fez alguns agradecimentos e contou detalhes:
“Foram 54 dias fora e muitos jogos perdidos. Mas eu tenho que agradecer ao Diego Falcão, José Neto e toda comissão técnica. Principalmente, ao Ricardo Machado, que trabalhou comigo praticamente 24 horas para poder entrar e não ter preocupação. Pois antes, estava entrando em uma, duas partidas, e tendo que sair por precaução. Dessa vez foi diferente. Não posso esquecer do time, que me passou toda confiança para jogar depois de tanto tempo. E, te falar, antes, existia um nervosismo. Meus familiares e amigos sabiam que eu estava ansioso e sem dormir direito. Mas consegui descansar, me preparei e ajudei a equipe.”
O camisa 5 finalizou com mais uma análise sobre tudo, e abordou a evolução do grupo na competição:
“A gente estava tentando forçar uma situação, mas não é assim que funciona. A partir do segundo tempo, onde conseguimos nos movimentar mais, nosso jogo fluiu. E o estilo é esse, defesa e contra-ataque. Nos dois minutos finais, nós jogamos cinco contra cinco, armando as jogadas, e não só em transição. É assim que o Flamengo tem que ser. Já passou metade da temporada e ainda não atuamos completos, mas estamos adequando. O time está ganhando cara e evoluindo. Eu e Marcelinho fizemos dois treinos, o Hakeem tem três semanas aqui, e temos muito a crescer ainda.”
Crédito das fotos: João Pires/LNB e Staff Images/Flamengo.
Fonte: Globo Esporte