Apresentado pelo Flamengo, o volante Romulo, novo camisa 27 do Flamengo, revelou que o contato com os rubro-negros não começou nesse domingo, na chegada ao Rio de Janeiro. O jogador revelou que o pai José Williame é rubro-negro e que tinha amigos próximos que também torcem para o seu novo time no futebol brasileiro, mas ficou em cima do muro na hora que foi questionado do time de infância.
– Em Picos, só pensava em jogar bola. Tomava café da manhã, jogava bola… Almoçava, jogava bola. Resolvi seguir a vida para sair do interior do país, sabia que era muito difícil, lá muitos jogadores não têm oportunidade. Quando criança, eu nem tinha time, eu acho. Só lembrava de jogar a bola. Agora, claro que vou torcer sempre – disse o jogador.
Revelado pelo Vasco e formado nas divisões de base do Porto de Caruaru, de Pernambuco, Romulo é o terceiro reforço contratado pelo Flamengo – depois do peruano Trauco, lateral-esquerdo, e do argentino Conca, meia. Ele se emocionou ao lembrar da família.
– Meu pai é flamenguista, tenho amigos muitos próximos flamenguistas. Espero dar muita alegria à torcida. Quando falei para o meu pai, só faltou chorar de emoção. Minha cidade é muito pequena, quando falo da minha família é emoção muito grande. É muito difícil de sair de lá por realizar não só meu sonho, mas de muita gente. Espero dar alegria para o torcedor flamenguista – disse o volante, emocionado.
O jogador também respondeu sobre as críticas de vascaínos, que o chamaram de traidor nas redes sociais. O volante afirmou que não houve contato do ex-clube e reagiu com naturalidade às críticas de torcedores, agora rivais.
– Vi torcedores me criticando, mas no futebol existem essas coisas. Quando pensei em voltar ao Brasil, o Flamengo foi o primeiro clube a estender a mão. Não pensei duas vezes, porque o Flamengo é um grande clube e ainda mais com a estrutura que está oferecendo aos jogadores. Gozação sempre vai existir, e estou preocupado em dar alegrias ao torcedor flamenguista.
Confira a coletiva de imprensa:
Número 27
Conversei com Rodrigo Caetano, me passaram a lista dos números disponíveis. Não tenho negócio de número de sorte. Simpatizei com o número e escolhi.
Contato com a imprensa
É bom se sentir jogador novamente e ter esse contato. Lá a imprensa era muito distante (na Rússia).
Forma física
Estou me sentindo bem, trabalhei nas férias. A minha temporada terminou no dia 5. Nas férias, sempre que podia, eu tentava fazer alguns treinamentos para não chegar no zero. Ontem fiz testes e fiz outros físicos por hoje. Isso para estar 100{cf06184211ecbb120ae965cbd53b0cebe372eac85785f1ddbb4e41b41438fd51} para estrear. Ainda não sei se participo do amistoso, vai depender da comissão técnica. Fiz os testes físicos para dar parâmetro à comissão técnica. Estou bem, em período de férias procurei fazer treinamentos para não começar do zero. Mas estou um pouco atrás, porque eles estão quase há cinco dias trabalhando.
Disputar vaga
Fui bem recebido pelos meus companheiros. Isso é importante para se sentir em casa, mas em qualquer clube vamos sentir a disputa, que é sempre sadia. Não vou disputar vaga só com Márcio Araújo ou Willian Arão. Vou procurar meu espaço.
Contato do Vasco?
Para mim não chegou nada do Vasco, mas quando manifestei desejo de voltar ao Brasil, até por conhecer o Rodrigo e o seu caráter, me deu vontade de retornar. Tinham algumas pendências na Rússia, mas deu tudo certo.
Estrutura do Fla
Quando optei vim para cá, já tinha escutado muitas coisas e vi que a estrutura está bem acima em termos de Brasil. Para o jogador, é fundamental. É importante para o jogador não ter lesões e ficar prontos para os jogos.
Readaptação
Adaptação mais difícil é quando o jogador sai do Brasil para fora. Com as condições que o Flamengo está proporcionando, para minha vai ser muito importante para defender as cores do Flamengo. A adaptação é mais em relação ao número de jogos, que aqui é muito maior do que lá fora
Fonte: Globo Esporte