“Domingo é dia de futebol”. A frase é consagrada e trata da maior paixão do brasileiro. No entanto, este domingo, dia 4 de dezembro de 2016, foi diferente para várias famílias, entre elas, a do zagueiro Marcelo. O jogador, uma das vítimas do acidente aéreo que matou 71 pessoas, foi sepultado na tarde deste domingo, no Cemitério Municipal em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Durante todo o dia, parentes, amigos, treinadores, jogadores, autoridades e populares passaram pela Câmara Municipal para prestar uma homenagem ao atleta, que tinha 25 anos, e acumulou passagens por Volta Redonda, Flamengo e Chapecoense. Um dia de emoção, orações e dor.
O velório do atleta começou por volta das 8h. O corpo de Marcelo havia chegado no início da madrugada de domingo à cidade, e a cerimônia foi iniciada com a presença de familiares e amigos mais próximos. A mãe do jogador, Margarida Mathias diz que o fardo não tem sido fácil, mas declarou que está conformada.
– Realmente, não tem sido nada fácil. É uma perda muito grande. Só mesmo a presença dos familiares, o carinho que temos recebido dos amigos e de todos para confortar o nosso coração – declarou.
Às 9h, a cerimônia foi aberta ao público. Desta forma, amigos e fãs do jogador puderam prestar uma última homenagem. Dentre eles, João Pedro Dornelas. Estudante de jornalismo, ele estudou com Marcelo na escolinha da avó de João, a Tia Zélia. Com a camisa que ganhou do amigo, e ao lado da avó, ele se disse muito triste pela perda.
– Quando éramos crianças, fomos muito ligados. É uma tristeza. Ninguém esperava isso – comentou João.
Jogadores, como o juiz-forano Raphael Botti, e ex-atletas, como o ídolo do Tupi-MG, Moacyr Toledo, também passaram pelo velório. Treinadores do jogador, como Walmir Lima e Bruno Motta, também marcaram presença. Por volta das 11h, quando a Câmara recebia grande número de pessoas, foi feita uma oração, que emocionou muitos presentes.
Por volta das 12h, uma surpresa. Populares, que participavam de uma manifestação em Juiz de Fora, fizeram o último ato do movimento em frente à Câmara Municipal. Com um carro de som de apoio foi rezado um Pai Nosso e cantado o Hino Nacional Brasileiro, em homenagem ao atleta.
O velório se encerrou por volta das 16h30, dez minutos após a chegada do pai dele que tratou de toda logística do translado do corpo em Chapecó. Com o corpo do atleta colocado no Carro de Bombeiros e o início do cortejo fúnebre rumo ao Cemitério Municipal. Cortejo passou pelas ruas Santo Antônio e Floriano Peixoto, Avenida Getúlio Vargas e Rua Espírito Santo até o Cemitério Municipal onde foi sepultado com gritos de “o campeão voltou”.
Fonte: Globo Esporte