Em uma partida de basquete, o desempenho de um jogador pode ser avaliado pelo número de pontos marcados, assistências feitas, roubos de bola e rebotes obtidos. Quando um atleta consegue fazer dez ou mais em pelo menos dois desses quesitos dá-se o nome de duplo-duplo. Quando ele faz isso cem vezes no NBB, dá-se o nome de Olivinha.
O pivô do Flamengo foi o primeiro a atingir a marca no Novo Basquete Brasil no triunfo do rubro-negro sobre o Vitória, nesta quinta, por 98 a 87. Jogando no Tijuca, ele anotou 22 pontos e pegou 13 rebotes, sendo 11 defensivos. Logo após a partida, mesmo alcançando a marca histórica, Olivinha preferiu dividir os méritos com o elenco do líder do torneio nacional.
– Eu fico feliz porque sempre foi uma característica minha pegar os rebotes. Eu tenho isso claro na minha cabeça: o meu papel no time é ajudar pegando os rebotes. E aqui no Flamengo eu tenho minha vida um pouco facilitada por estar cercado de grandes jogadores de muita qualidade. A equipe adversária está sempre de olho nesses outros jogadores, e eu estou sempre na sobra. Então, agradeço aos meus companheiros por me estarem colocado sempre nas melhores posições. E esse ano eu estou conseguindo um bom aproveitamento, pontuar e pegar os rebotes. E estou bastante feliz.
Além ter alcançado a marca, o camisa 16 do rubro-negro carioca está com bastante folga na liderança de quem tem mais duplo-duplos no NBB. O segundo colocado na lista é Murilo, do Vasco, com 69, e deve demorar para fazer frente ao flamenguista. Na temporada, na melhor das hipóteses, o vascaíno jogaria 37 partidas, tendo que fazer a marca dupla 32 vezes. e ainda contar com uma queda de rendimento do rival estadual.
Mas se Olivinha não está entre os principais pontuadores do NBB, ele é o líder de rebotes do torneio. Tem, em média, 11,8 por jogo, quase três a mais do que, Alexandre, da Liga Sorocabana, segundo colocado no quesito (8.82). Só não pegou 10 rebotes ou mais contra a própria LSB, o Macaé e o Franca. O treinador do Flamengo, José Neto, elogiou a conduta do pivô, ao alcançar a marca histórica.
– Eu não posso falar o que difere dos outros pivôs, porque não sei como são os outros. Posso falar dele porque acompanho ele todos os dias. Eu sei o esforço que ele faz, eu sei o trabalho e o foco que ele tem para fazer o melhor. Então acho que é mérito dele de conseguir essa marca pessoal, que é muito importante para ele. E também ajuda bastante nos nossos objetivos.
Fonte: Globo Esporte