A diretoria do Flamengo encaminhou nos últimos dias o orçamento de 2017 para análise dos Conselhos Fiscal e de Administração, e o documento, ainda sigiloso, mostra que a política de pés no chão vai continuar. O clube terá à disposição recursos limitados para a chegada de até quatro reforços de ponta, pois parte da receita já está comprometida com os jogadores trazidos em 2016. Outra parte irá para a base.
O cenário é considerado melhor do que no ano anterior, mas não tão animador. Tanto que exigirá criatividade para, novamente, as contratações se darem de forma parcelada. Um dos dirigentes envolvidos no planejamento de 2017 chegou a ironizar a situação comparada com a do Palmeiras. “Aqui não tem Paulo Nobre”, disse, em referência ao presidente rival.
Diante desse panorama, nomes como o do atacante Vitinho, que está de saída do Internacional, são vistos como difíceis. Alvo para o ataque, o jogador de 23 anos pertence ao CSKA e os russos só aceitam vendê-lo — o custo chegaria a oito milhões de euros, quase R$ 30 milhões.
Para adquirir o jogador, o Flamengo poderia fazer uma proposta com adiantamento à vista e diluir o restante nos anos seguintes de contrato. Assim foi feito com Mancuello e Cuéllar, por exemplo.
Mas não será fácil. Vitinho já devolveu o apartamento em Porto Alegre e passa férias no Rio, pois tem família na cidade. A proximidade pode gerar novas conversas com o empresário Miguel Góes, mas no momento o assunto está congelado.
Segundo o vice de finanças Claudio Pracownick, o Flamengo terá recursos para investir, mesmo que com parte comprometida.
— Estamos trabalhando de forma silenciosa e temos espaço para ótimos e pontuais reforços — garantiu o dirigente. O clube comprometeu em 2016 quase R$ 30 milhões para pagar até 2018.
— Em suma, iremos gastar, mas com jogadores que já reforçaram a equipe. Mas teremos um valor ainda por gastar com novos reforços — explicou Pracownick, sem revelar os valores.
Fonte: Extra
