Mesmo após o fim do conflito entre a CBF e a Primeira Liga, já que na noite de quinta-feira a entidade comunicou a autorização para a competição ser realizada, um protesto de torcedores aconteceu na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). Foi no fim da manhã desta sexta-feira, na Zona Norte da cidade. A movimentação começou por volta das 11h20 e teve, inicialmente, cerca de 40 torcedores do Flamengo, que levaram uma faixa com a palavra “indignação”.
Depois de iniciado, manifestantes do Fluminense também chegaram ao protesto e esticaram sua faixa com a mensagem: “Lutem até o fim”. O presidente da Ferj, Rubens Lopes, foi internado na noite da última quinta-feira no Clínica São Vicente, na Gávea, mas passa bem.
Torcedor do Flamengo, o contador Benny Kessel explicou que o protesto contra a Ferj vai além da decisão de querer proibir, inicialmente, a Primeira Liga.
– A Primeira Liga é só uma das reivindicações. Tem também a questão do nepotismo dentro da Ferj, a questão da cobrança de taxas abusivas. Eles cobram várias taxas. Mas a principal delas é a questão da transparência. Eu, por exemplo, sou contador. Você pega o balanço da Ferj, e é estranho. Nós achamos um absurdo quererem proibir os clubes a participarem da Primeira Liga. A Copa do Nordeste é um dos exemplos. Não adianta deixar só os dirigentes brigando, acho que os torcedores também têm que participar, fazer algo. Acho que eles recuaram ao verem o sucesso da primeira rodada, o apoio do primeiro ministro também. Não pode ficar essa guerrinha. Eu, como torcedor, me sinto muito mais tentado a assistir à Primeira Liga do que o Campeonato Carioca – disse o torcedor.
Fonte: Globo Esporte