O ano de 2016 será especial para a cidade do Rio de Janeiro, com a realização dos Jogos Olímpicos. O mesmo, no entanto, não se pode dizer para o futebol carioca. Por conta da Rio-2016, os grandes clubes da cidade perderão as duas principais casas para a temporada: Maracanã e Engenhão.
Palco das cerimônias de abertura e encerramento, finais do futebol e competições de atletismo, as duas arenas ficarão indisponíveis para os jogos de Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco durante a maior parte de 2016.
Junto a perda dos estádios, os clubes terão problemas na área financeira. Com grandes capacidades, ambos representavam grande fonte de arrecadação nas últimas temporadas – especialmente em 2015, quando ficou aberto em tempo integral.
No Flamengo, que sofrerá o maior baque financeiro inicial, a solução deverá ser a mesma para o Estadual. Em jogos maiores, no entanto, o time deve rodar o país atuando em estádios que receberam a Copa do Mundo.
“Perder o Maracanã e o Engenhão é desagradável, mas não representa necessariamente perda de bilheteria. Ao contrário, normalmente conseguimos receita superior jogando fora do Rio. A receita de bilheteria do carioca normalmente é ínfima. Qualquer amistoso rende mais”, explicou o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, que já negocia a realização de dois jogos no Nordeste para este mês de janeiro – contra Ceará (21) e Santa Cruz (24) – e projeta uma receita de mais de R$ 2 milhões.
O clube ainda avalia as opções de reformas e ampliações em estádios na Ilha do Governador e em Campo Grande para não ficar longe da torcida carioca. “Os projetos alternativos de estádios ainda estão sendo tratados. Podem ser concretizados ou não”, explicou Bandeira.
Com um mês de preparação dentro de campo e com tempo para negociações, os times cariocas, ainda sem casa, iniciam sua temporada em 31 de janeiro.