Maior contratação do Flamengo no primeiro semestre de 2015 e favorito a ocupar o lugar de novo ídolo do clube, Marcelo Cirino caiu em desgraça com a torcida após apresentações ruins e o episódio do “Bonde da Stella”, onde foi visto com outros quatro jogadores em uma festa pouco depois do treino da manhã de uma terça-feira. No meio disso, o jogador sofreu uma lesão no joelho e precisou passar por uma artroscopia. Com contrato por mais duas temporadas, a pergunta que se faz é: Cirino tem ou não clima para continuar no clube?
Para seu empresário Pablo Miranda será essa resposta que decidirá o futuro de seu cliente. Insatisfeito com a condução do caso extracampo e com sondagens de outros clubes do Brasil e alguns do exterior, cobrou um posicionamento dos diretores e admite que o caso pode se arrastar.
– Marcelo ainda tem uma novela pela frente. Tem contrato por mais dois anos, muitas sondagens do Brasil e menos do exterior, ainda mais depois do que foi feito com ele. O mercado percebeu o afastamento dele numa possibilidade de ficar disponível. É uma situação difícil, pois envolve o fundo de investimento, o Flamengo, o Atlético-PR e o jogador. Não sabemos como as coisas vão ser conduzidas. Esse episódio atrapalhou muito. Não é que ele não queira ficar, no futebol, não tem querer. Ele é profissional, está num grande clube, mas tem que ver se tem clima para o Marcelo ficar no Flamengo.
(…) – Vejo o vice-presidente de futebol, nem sei se é isso que ele é, não lembro o nome dele, falando que está muito puto com os jogadores, indignado. Essa postura dele acaba trazendo consequências com a torcida e com a imprensa. Fala deles (dos cinco) como se eles fossem da noitada, de bebidas, como se fossem do alcoólatras anônimos (AA). Situação que beira a hipocrisia. Se fosse isso, metade dos jogadores do Brasil deveria estar afastado.
– Não ficou satisfeito de como as coisas foram conduzidas. A verdade é que ninguém do Flamengo procurou falar que o Marcelo tratou de manhã e de tarde e estava com a mulher dele às 17h30m. A ida dele (festa) não comprometeu em nada o trabalho dele. Acabou entrando na mesma barca que todo mundo.
– Não tem a ver com a diretoria, tem a ver com a imprensa, com a torcida. Na minha visão, falo por mim como gestor e não pelo Marcelo, depois dessa situação, ficou muito difícil para o Marcelo continuar.
Fonte: Globo Esporte