O Bangu recorreu à FIFA com o intuito de receber uma bolada milionária advinda da contratação do atacante Pedro pelo Flamengo junto à Fiorentina, da Itália. A equipe carioca alega ter direito a parte dos valores, referentes à primeira parcela de R$ 15 milhões, invocando o dispositivo da entidade máxima do futebol internacional que prioriza os clubes formadores em eventuais transações futuras.
O montante total da transação equivale a R$ 94,5 milhões naquela época, referente a 14 milhões de euros. O jogador chegou ao Flamengo, por empréstimo, no início de 2020, sendo acionada a cláusula de prioridade de compra após as boas atuações pelo Rubro-Negro. O departamento jurídico já está ciente do processo e trabalha com o intuito de contestar as alegações formuladas pelo Bangu.
A relação de Pedro junto à equipe carioca, cabe ressaltar, é alvo de investigação pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Existem suspeitas de que o atacante tenha sofrido falsificações em seu passaporte como parte de um esquema de favorecimento de clubes mais modestos em transações milionárias de grandes craques. As alegações insinuam que Pedro jogou pelo Bangu entre os anos de 2011 a 2013, mas há carência de informações sobre essa passagem.
A cláusula acionada pelo Bangu é chamada de “mecanismo de solidariedade”, e foi criada pela FIFA para favorecer os pequenos times que revelam craques do futebol, dando direito a 5% do valor de transação futura. Pedro nega as passagens pelo Bangu, mas o time chegou a utilizar, como prova, uma suposta súmula de jogo com o atacante relacionado em sua lista de jogadores.