O Demonstrativo Financeiro apresentado pela diretoria do Flamengo com relação às finanças do clube no ano de 2020 evidenciam os impactos negativos decorrentes da pandemia do coronavírus. Um dos pontos mais prejudicados foi o número de sócio-torcedores, com uma perda de 74.850 rubro-negros que deixaram de aderir ao programa de fidelização.
Conforme consta neste documento, o Flamengo contava com 125.242 sócios-torcedores no final de 2019, ano em que o rubro-negro foi campeão da Taça Libertadores da América e do Campeonato Brasileiro. Em contrapartida, no final de 2020, este número caiu drasticamente, chegando à 50.392 integrantes ao programa. Por ser uma das principais fontes de renda do clube, o impacto negativo foi duramente percebido no fechamento das finanças, culminando em um déficit milionário que ultrapassou a quantia de 100 milhões de reais.
Uma das justificativas para a redução no número de sócios-torcedores é o fato de que as partidas passaram a ser realizadas com portões fechados. Por conta disso, para muitos torcedores, não fazia sentido a manutenção do programa, tendo em vista que uma das suas principais vantagens é o desconto nos ingressos para as partidas. Além disso, é levado em consideração o fato de que muitos brasileiros sofreram quedas consideráveis em seus rendimentos mensais por decorrência da crise financeira desencadeada pela pandemia do coronavírus.
Neste cenário turbulento, o Flamengo fechou a temporada de 2020 com déficit de R$ 106.992.000,00 contra o superávit de R$ 62.921.000,00 de 2019.