O novo técnico do Flamengo, o espanhol Domènec Torrent, que acaba de chegar ao mercado brasileiro e treinará o tricolor, tem evitado polêmicas no início de seus trabalhos com o time. Ele evitou atritos ao ser questionado sobre eventual preferência dos brasileiros por profissionais de fora.
Na última segunda-feira, durante apresentação oficial ao clube futebolístico, Domènec buscou manter pose diplomática, afirmando que há espaço para diferentes ideais. Ele havia sido questionado se o Brasil precisava ser atualizado.
Não é guerra
O novo coordenador do time defendeu que o seu aporte ao Brasil não significa um desprestígio dos técnicos brasileiros, que aliás são tidos em alta conta em Europa.
“Venho para somar e aportar e não para convencer de que os técnicos estrangeiros são melhores”, disse à imprensa. “O respeito pelos técnicos brasileiros na Europa é muito grande.”
Na Espanha, especificamente, Domènec ressaltou que há vários técnicos estrangeiros, o que pode trazer várias vantagens ao futebol.
O espanhol se confessou emocionado de vir trabalhar na terra tupiniquim. Ele ressaltou que o Flamengo pode ter optado por outro estrangeiro devido ao sucesso do técnico anterior, Jorge Jesus, um português, que agora treinará o Benfica.
“Acho que nos ajudou muito o que fez o Jorge Jesus no último ano. Ele abriu as portas do futebol brasileiro aos treinadores estrangeiros”, avaliou o profissional.
O espanhol bateu na tecla da diversidade de ideias, no sentido de que sua chegada ao mercado brasileiro, bem como de outros técnicos estrangeiros, não deve ser vista como uma competição de diferentes nacionalidades.
“Por como se joga na Europa, dependendo do clube, o que podemos dar é um matiz diferente que pode interessar aos clubes do Brasil. Diferente não quer dizer melhor.”
“Não é uma disputa entre brasileiros e estrangeiros. Todo técnico tem suas ideias”, assegurou.
Quem manda sou eu
A diretoria rubro-negra também foi questionada acerca da opção por um novo técnico estrangeiro. De acordo com o vice-presidente do clube, Marcos Braz, o que mais importou foi o currículo de Domènec.
“O Flamengo não tem nenhum preconceito contra técnico brasileiro, a diretoria do Flamengo não tem absolutamente nada contra técnico brasileiro, mas ela tem o direito da escolha”, explicou o dirigente.
