Na noite dessa quarta-feira, o técnico do Flamengo, Domènec Torrent, escalou o zagueiro Rodrigo Caio para atuar na lateral direita, já que Rafinha, o titular da posição, não estava em condições ideais de jogo. O zagueiro, no entanto, sofreu mais uma vez com a improvisação.
Durante a carreira, Rodrigo Caio sempre precisou enfrentar as ideias de técnicos que o faziam jogar em várias posições. A polivalência que fora tão elogiada no início da carreira passou a ser um fardo, tanto que, até mesmo para a seleção brasileira, ele não era chamado por não ter posição definida.
Vida conturbada do São Paulo
No São Paulo, time em que foi criado, Rodrigo Caio começou como volante, jogou muitas vezes como lateral e, quando saiu, estava mais pra zagueiro.
Em 2018, o zagueiro deu uma entrevista ao Esporte Interativo, na qual comentou as desavenças que teve com o técnico Diego Aguirre. O problema era que o uruguaio o tinha escalado, por três vezes seguidas, como lateral direito, mesma posição na qual jogou nessa quarta-feira.
Na entrevista, Rodrigo Caio afirmou que havia tomado uma decisão e comunicado os diretores do time, Raí e Lugano, de que não jogaria mais na lateral direita, pois mais atrapalharia do que ajudaria o time.
Jogo contra o Atlético
No jogo contra o atlético goianiense Rodrigo Caio precisou, mais uma vez, ocupar a faixa direita da defesa e o resultado foi desastroso. Não só pela atuação do zagueiro, mas também pela falta de entrosamento entre Léo Pereira e Gustavo Henrique.
Os três gols atleticanos saíram da ala direita da defesa flamenguista. Mas para Rodrigo caio a situação não foi fácil. Além de correr e tentar apoiar o time no ataque, vez ou outra, ele ainda precisava dar cobertura aos dois zagueiros desentrosados. Houve muita entrega, mas o jogo terminou 3 a 0 para o Atlético.
Zagueiro
Como zagueiro Rodrigo Caio se tornou um dos pilares da defesa flamenguista. Venceu Brasileiro e Libertadores. Antes ganhou as olimpíadas. O que a torcida e Rodrigo Caio esperam é que ele volte logo a zaga.