Revelação do último Campeonato Brasileiro, premiado na Seleção Bola de Prata da Revista Placar, cérebro do Athletico campeão da Copa do Brasil. Vendido ao futebol francês com status de grande talento, figura frequente nas convocações de Tite. Hoje, é difícil quem não conheça Bruno Guimarães, e, em especial, raro é o flamenguista que não desejaria vê-lo atuando no meio-campo do time (o Flamengo chegou a brigar pela contratação do jogador na metade de 2019). O que muitos não sabem, ainda, é que o garoto começou jogando futebol no… Flamengo!
Isso mesmo. Natural da capital carioca, Bruno começou, como muitos, no futebol de salão. No futsal do Flamengo, foi multicampeão. Mas na hora de fazer a transição para o campo, para integrar as categorias de base do Rubro-Negro, a oportunidade não veio.
“Minha primeira experiência foi no CFZ, no Flamengo, tinha 11 ou 12 anos. Eu estava no salão do Flamengo e campo no CFZ. Cheguei a ir para o campo e tinha mais de 80 minutos. Treinei 20 minutos e falei para o meu pai que tinha gente demais, para a gente ir embora. Fiquei um pouco chateado com isso. Estava no salão há anos, tinha ganhado muita coisa e ninguém me chamou para ir ao campo. A gente sabe que o salão dá atleta demais, mas sempre que estive no Flamengo não recebi nada disso, fiquei muito chateado. Mas hoje eu torço de longe para o clube, mesmo estando de longe“, relata Bruno, em entrevista para o canal Zico 10, no YouTube.
A falta de chances no Flamengo fez com que Bruno Guimarães fosse tentar a sorte nos gramados em outro lugar. Integrou as categorias de base do Audax Rio e logo foi repassado à filial paulista, onde foi lançado por Fernando Diniz, em 2015.
Anos depois, o atleta, em alta, recebeu uma proposta de “retorno” ao Flamengo: 17 milhões de euros, cerca de R$92 milhões na época, em disputa contra clubes europeus. O Athletico acabou aceitando a proposta do Lyon, que girou em torno de 20 milhões de euros (R$ 108m).