A briga nos bastidores políticos do Flamengo segue intensa e ganhou novo capítulo. Nesta sexta-feira, o presidente do Conselho de Administração, Bernardo Amaral, o vice-presidente do CoAd, Marcos Braz, e o secretário, Marco Aurélio Assef, entraram com pedido de investigação contra o presidente Eduardo Bandeira de Mello, junto ao Conselho Deliberativo.
O motivo: a ação do Flamengo no caso do registro da cor azul para a chapa de Ricardo Lomba, candidato apoiado por Bandeira. Os membros defendem que, com a ação na Justiça comum para assegurar o direito ao seu candidato, Bandeira passou por cima do Conselho de Administração, sem fazer consulta prévia a esse poder.
O Conselho Deliberativo, presidido por Rodrigo Dunshee, candidato a vice-geral de Rodolfo Landim, recebe o pedido, entrega à uma comissão para analisar o caso, que pode ir para votação no Deliberativo por punição a Bandeira. Sanções que podem ser desde advertência à suspensão e exclusão do quadro social.
Conselho Deliberativo já havia pedido inquérito por mesma polêmica
Na semana passada, a chapa da situação conseguiu no tribunal o direito de se manter como azul no pleito. Para isso, entrou na Justiça para garantir o uso da cor nas eleições. A movimentação já havia feito o presidente do Conselho de Administração, Bernardo Amaral, pedir para entrar como terceiro interessado no processo na justiça comum.
Amaral alegau na ocasião que o representante da chapa eleitoral do clube, Bruno Barki, membro da SóFla, buscava “indevida e desnecessária intervenção do Poder Judiciário sobre ato ‘interna corporis’ praticado pela Comissão Permanente Eleitoral e ratificado pelo Presidente do Conselho de Administração do clube.”
O imbróglio criou rusgas internas entre os adversários políticos e poderes do clube e provocou discussões. Bernardo Amaral e Eduardo Bandeira de Mello discutiram asperamente em grupos de ”whatsapp”.
Após o fato, o presidente do Conselho Deliberativo e candidato a vice na chapa de Landim, Rodrigo Dunshee de Abrantes, também pediu abertura inquérito interno, no qual determinou que o Bandeira não interviesse no poder do Conselho de Administração, para garantir a independência entre os conselhos.
Globo Esporte