A reunião que deveria terminar com a aprovação das contas de 2017 do Flamengo acabou em tumulto, discussão e sessão suspensa. Sem a presença do presidente Eduardo Bandeira de Mello, que estava na Gávea, alguns conselheiros fizeram barulho principalmente em relação a números do departamento de futebol, o que impediu a aprovação sem ressalvas do balanço rubro-negro. O assunto voltará à pauta na próxima semana.
Para parte dos conselheiros, não ficaram suficientemente claras as prestações quanto a premiação para os jogadores, mais de R$ 7 milhões a comissão técnica, que passou dos R$ 2 milhões, e a venda do prédio no Morro da Viúva, que rendeu de imediato cerca de R$ 26 milhões. Os números sobre o futebol foram a grande polêmica porque o clima se misturou com o ambiente de cobrança em cima dos resultados ruins do time.
Os ânimos quentes têm ligação com a corrida já em curso dentro do clube de olho na eleição, que ocorre em dezembro. Vice-presidente geral do clube, Maurício Gomes de Mattos – que tem intenção de concorrer no final do ano – representou Bandeira na mesa. Antes da confusão, o vice-presidente de planejamento Marcelo Haddad se pronunciou pedindo a aprovação das contas e afirmando que o balanço de 2017 é o melhor resultado financeiro da história do clube.
Outros números apresentados na reunião que renderam menos polêmica: o Flamengo teve R$ 648 milhões de arrecadação, o que significa crescimento de 13%. Cerca de R$ 170 milhões foram gastos com o futebol, de uma receita de R$ 304 milhões. Os números do plano de sócio-torcedor passaram dos R$ 40 milhões e, com bilheteria, o montante foi de mais de R$ 60 milhões. O clube pagou R$ 66 milhões em dívidas e R$ 7 milhões em impostos só no último ano. Vale lembrar que, em 2017, entraram R$ 84 milhões com as vendas de Vinicius Junior e Jorge.
ESPORTE INTERATIVO
Se fla trouxer Rodriguinho e um zagueiro de peso está de bom tamanho