Lucas Paquetá sabe muito bem o que é crescer em tempo recorde. Na adolescência, em três anos espichou de 1,53m para os 1,82m atuais e afastou a possibilidade de ser dispensado pelo Flamengo. Em 2017 foi seu futebol que cresceu e terminou a temporada como titular e um dos destaques da equipe de Reinaldo Rueda – marcando gols nas finais da Copa do Brasil e Sul-Americana. Com a motivação em alta, chegou a hora de voltar à ilha do Rio de Janeiro que o batizou no futebol para rever amigos e familiares.
Nos 17 quilômetros de travessia de barca pela Baía de Guanabara – que duram quase 40 minutos –, Lucas Paquetá lembrou o trajeto que fez diariamente durante alguns anos ao lado do avô Mirão, já falecido, e do irmão mais velho, Matheus, para treinar no Ninho do Urubu e realizar o sonho de se profissionalizar pelo Flamengo.
– Houve um tempo que ele não crescia, não desenvolvia de jeito nenhum. Foi do infantil para o juvenil. E nesse momento o Flamengo o afastou um pouquinho. Fomos chamados para conversar e nos falaram: tecnicamente ele é acima da média, mas não maturou, não tem força. Então foi o momento em que o Lucas sofreu mais – contou a mãe Cristiane.
Ali na ilha ficavam os pais e os amigos com quem jogava pelada nas praias e no clube Municipal e que hoje compõem o time amador treinado pelo próprio Lucas. Se há alguns anos ele era mais um na barca, hoje, da Praça XV à ilha o atacante de 20 anos é celebridade.
– Faz parte da minha vida. Meus avós ainda moram em Paquetá e ainda venho vê-los, ver meus amigos também. Fico feliz de sempre voltar, rever todo mundo, bater um papo. É um lugar onde aproveito para descansar, curtir a família.
Globo Esporte